Fator humano, uso correto dos dados, busca visual, entre outras tendências que você deveria conhecer para ter sucesso nas suas estratégias de marketing
O Marketing nunca esteve tão em alta no Brasil. Esse crescimento se dá, principalmente, pelo impulso e protagonismo do digital. Segundo o estudo Marketing Digital Readiness, realizado pela consultoria McKinsey, o Brasil é o país da América Latina com maior investimento em marketing digital da região (24%) e boa parte das empresas coloca 50% do seu orçamento em marketing digital.
Esses dados comprovam que estamos vivendo uma escalada de investimentos e, também, que temos um potencial enorme para crescer ainda mais. E todo início de ano, somos bombardeados por relatórios e estudos que apontam o que será tendência nos mercados de marketing e publicidade digital e 2020 não é diferente. Você pode conferir as principais tendências para este ano nas publicações do Propmark e IT Forum 365.
Nesses insights, você vai perceber que inteligência artificial, automação, inbound marketing e experiências mais personalizadas são convergentes e é natural que seja assim. A demanda por novas tecnologias e a satisfação plena do consumidor dominam o cenário.
As 4 Tendências no Marketing para 2020
Mas talvez você queira dar um passo à frente. Tenho certeza que você gostaria de conhecer outras “regras” pouco faladas e que vão impactar o marketing, certo? Acredito que a resposta é sim e, por isso, separamos 4 tendências que devem guiar o trabalho dos profissionais de marketing em 2020.
1. Fator humano
O fator humano na relação entre marcas e consumidores nunca esteve tão em voga. Pelo menos é que o indica um estudo recente da Infobase Interativa sobre as principais tendências em marketing para 2020.
Destaques da pesquisa:
- 55% das pessoas acreditam que as companhias precisam se engajar em favor de alguma causa;
- 40% das empresas com propósito claro mantém seus colaboradores por mais tempo;
- 51% dos funcionários gostariam que suas empresas oferecerem opções flexíveis de trabalho (home office, horários diferenciados e espaços compartilhados);
- 70% dos millennials querem trabalhar em organizações que focam em questões ambientais e sociais;
- 400% de aumento de conversão para empresas que priorizam o usuário em seu processo de criação
Esses dados mostram que o mundo vem sentindo os efeitos das mudanças do clima e os consumidores entenderam que as empresas podem e devem se envolver em projetos sustentáveis. O fator humano e a pauta ambiental se tornaram uma realidade da nova economia e vão guiar as estratégias de marketing.
Mas cuidado com o greenwashing!
Alocar uma grande parte do seu orçamento em mensagens meramente marketeiras, com viés puramente comercial, em nada contribui para o avanço da sustentabilidade. Esta atitude é conhecida como greenwashing, ou “lavagem verde”.
O greenwashing, ou apropriação de virtudes sustentáveis, é visto como uma hipocrisia do discurso ecológico apenas para impulsionar as vendas. Uma estratégia altamente arriscada, porque ao invés de gerar resultados, pode criar reações negativas por parte da sociedade e dos próprios consumidores, cada vez mais atentos com estratégias enganosas.
2. Data Driven e mais transparência
Marketing orientado a dados é uma forma de pensar ações de divulgação de marcas, aquisição e retenção de clientes, de modo que as decisões sejam tomadas baseadas mais em dados e menos em opiniões.
Essa é uma tendência no marketing que ganha cada vez mais espaço porque o marketing de hoje é mais complexo, com uma quantidade maior de canais estratégicos e um volume imenso de interações da marca com o consumidor. Entre os principais benefícios do data driven: benchmarking, conhecimento aprofundado do consumidor, mensuração e força de marca e tomada de decisões das mais simples até as mais complexas.
Melhorar o marketing orientado a dados é um objetivo de muitas empresas mencionadas no relatório State of Digital Marketing da Altimeter. No estudo, Data Analysis é a habilidade mais importante do marketing digital para 51% dos profissionais entrevistados.
Mas a manipulação sobre os dados seguem sendo um grande desafio para as empresas. Diversas companhias utilizam os dados de consumidores de forma questionável. E os casos recentes de vazamento, como do Facebook, resultaram na desconfiança desenvolvida por grande parte do público.
Adotar públicas de proteção de dados, principalmente na iminência da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entra em vigor em 2020, passa a ser importante para evitar punições legais e ainda se destacar no mercado.
3. Busca visual
A busca visual é um recurso cada vez mais frequente em buscadores porque permite que uma pesquisa se inicie a partir de uma imagem enviada pelo usuário, que pode ser até mesmo um printscreen.
E como o marketing pode explorar isso? Um método muito interessante de busca visual é a integração desse tipo de ferramenta com e-commerce.
Em 2017, o Pinterest lançou o Lens, uma ferramenta de pesquisa visual online e offline, que usa Inteligência Artificial para identificar objetos capturados a partir de pins ou por um smartphone e sugerir temas e produtos relacionados.
Em tão pouco tempo, o Lens foi capaz de realizar mais de 600 milhões de pesquisas realizadas nos aplicativos para celular e nas extensões de navegador do Pinterest, representado um aumento de mais de 140% em relação ao dia de lançamento.
4. Marketing Conversacional
O marketing de conversação foi destacado no último estudo Hype Cycle for Digital Marketing and Advertising 2019, do Gartner, ao lado da Inteligência Artificial, que muitas vezes a alimenta. As previsões da consultoria indicam que para atingir o mainstream nos próximos 2 a 5 anos, os três mais significativos a considerar pelos profissionais de marketing são personificação, marketing em tempo real e conversacional.
As tecnologias de marketing de conversação imitam o diálogo humano em escala e melhoram as interações entre marcas e clientes.
Essa é a tendência que vai, com toda certeza, revolucionar o marketing nos próximos anos, porque reúne a adoção de alto-falantes inteligentes, além de inovação no processamento de consultas de pesquisa, interfaces de conversação e mensagens.